quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Gregos contra gregos

Afirmando que os persas poderiam voltar a atacar, os atenienses convenceram outras cidades gregas a se aliarem a ela. Cada cidade deveria contribuir com soldados, navios ou, se preferisse, dinheiro. Nascia assim a Confederação de Delos, uma união de cidades gregas sob a liderança de Atenas. Delos era o nome de uma pequena ilha, sede da confederação onde ficava depositado o tesouro da Liga. Atenas, porém, aproveitou-se de sua força militar e passou a usar o dinheiro enviado por suas aliadas em benefício próprio. Péricles, que governava Atenas na época, mandou erguer templos e palácios em mármore e, principalmente, usou os recursos para fazer as reformas políticas que garantissem a supremacia de Atenas.
Como era de se esperar, a política de Atenas provocou reações violentas na Grécia. Esparta aliou-se a outras cidades descontentes, formou a Liga do Peloponeso e partiu para a guerra contra a Confederação de Delos. Iniciava-se assim uma guerra de gregos contra gregos.

A Grécia na Guerra do Peloponeso
A guerra, conhecida como Guerra do Peloponeso, se arrastou por 27 anos, de 431 a 404 a.C. As suas consequencias foram as mais trágicas possíveis: milhares de mortos, agricultura arruinada, comércio interrompido, monumentos destruídos, cidades vazias, fome e pobreza por todo lado. Esparta venceu a guerra e aproveitou-se disso para impor seu domínio a toda a Grécia. Isso provocou novas e violentas revoltas entre os gregos. A cidade de Tebas e suas aliadas reagiram e conseguiram derrotar Esparta.
Essas guerras prolongadas enfraqueceram e empobreceram as cidades gregas. Isso explica, em parte, por que elas não resistiram ao ataque do exército de Felipe II, rei da Macedônia, que, em 338 a.C., acabou conquistando a Grécia.
Alexandre, o Grande
A Macedônia estava localizada no norte da Grécia. Seus habitantes falavam a língua grega e se consideravam gregos. Logo após ter conquistado a Grécia, Felipe II morreu assassinado e foi sucedido por seu filho Alexandre, que tinha então apenas 20 anos.
Em dez anos, o exército de Alexandre conquistou a síria, a Fenícia, a Palestina, o Império Persa e parte da Índia e do Egito. Alexandre fundou cerca de dezesseis cidades com o nome de Alexandria, em homenagem ao seu próprio nome. A mais conhecida localizava-se no Egito e tornou-se um grande centro intelectual, famosa pela sua biblioteca - a maior do mundo antigo -, que seria destruída alguns anos depois em um incêndio.
Alexandre consolidou-se no poder reprimido revoltas em solo grego. Em seguida, partiu à frente de cerca de 40 mil soldados, macedônicos e regos, em direção à África e à Ásia.
Como seu pai, Alexandre foi um político habilidoso. Procurou respeitar as tradições e a religião dos povos conquistados. Admitiu jovens persas no seu exército e estimulou o casamento de seus soldados (inclusive os oficiais mais graduados) com mulheres orientais. Ele próprio chegou a casar-se com a filha mais velha de Dario, rei dos persas, a quem havia derrotado. Também incentivouao máximo a troca de informações entre os diferentes povos de seu império.
Por conta disso, a cultura grega foi se fundindo com as culturas orientais, o que deu origem à cultura helenística.

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