sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Infância, adolescência e educação dos espartanos



Conta-nos um historiador grego que em Esparta:


Quando nascia uma criança, não era seu pai que decidia se iria criá-lo ou não. O recém-nascido era levado ao lugar onde se reuniam os mais velhos, que o examinavam. Se fosse sadio e robusto, podia ser criado pelos pais (...) Se, ao contrário, fosse fraco e deficiente, era lançado no precipício. Julgavam que isso era o melhor para a criança e para o governo.

(PLUTARCO. Vida de Licurgo, 16, 1.2. Citado por Jacques Maffre. A vida na Grécia Clássica. p. 147. Adaptado).



Até os sete anos os meninos eram criados pelas suas mães. Elas os deixavam andar descalços para ter pés calejados e os cobriam só com uma única túnica para aprenderem a suportar o frio. A partir de então, passavam a viver com outros garotos da mesma idade em acampamentos do governo. Nesses acampamentos aprendiam somente a ler, escrever e contar. No resto do tempo, praticavam esportes, recebiam instrução militar e treinavam sobrevivência no mato. O jovem tinha de conseguir alimento por conta própria. Mas se fosse pego roubando, mesmo que para matar a fome, era castigado de modo cruel e em público.



A partir dos 16 anos, passavam por uma série de provas, das quais a mais terrível era a críptia: levantavam-se de madrugada, armavam-se de punhais e, em bandos, invadiam as casas dos hilotas para assassiná-los. Aos 20 anos, eles ingressavam no exército. Aos 30, casavam-se e recebiam um lote de terra do governo, acompanhado de um certo número de hilotas. A partir dessa data eram considerados cidadãos, ou seja, podiam votar, ocupar cargos públicos e participar das refeições coletivas diárias. Essas refeições visavam reforçar o companherismo entre os espartanos. Eles continuavam servindo o exército até os 60 anos.



As mulheres, por sua vez, também faziam exercícios físicos, participavam de lutas e demais atividades esportivas. Com isso, estavam sendo preparadas para ser mães de filhos fortes e saudáveis. Essa era a principal função da mulher.



Nenhum comentário:

Postar um comentário